Alunas zombam de jovem que transplantou coração 3 vezes - 09/04/2025 - Equilíbrio e Saúde - Folha


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Key Events

Two medical students, Gabrielli Farias de Souza and Thaís Caldeiras Soares Foffano, posted a video mocking Vitória Chaves da Silva, a 26-year-old who underwent multiple heart and kidney transplants. The video, which has since been deleted, was posted days before Vitória's death from septic shock and chronic kidney failure. Vitória's family filed a police complaint and notified the Public Ministry.

The Students' Actions

The students, without naming Vitória, made fun of her multiple transplants, suggesting the procedures failed due to medication non-compliance. Vitória's family denies this.

Institutional Responses

  • The Incor (Instituto do Coração) is investigating and stated its repudiation of unethical behavior.
  • The Hospital das Clínicas (HC) affirmed it would take measures to reinforce ethical conduct among students.
  • The Public Ministry of São Paulo State is reviewing the case.
  • The São Paulo Public Security Secretariat is investigating the case as a crime of injury.
  • The Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, representing USP medical students, criticized the students and called for stricter ethical guidelines.

Vitória's Story

Vitória suffered from Ebstein's anomaly, a congenital heart defect, from birth. She underwent three heart transplants and one kidney transplant, featured previously in a 2016 Profissão Repórter report. The students were enrolled in a short-term extension course at HC.

Further Details

The students were enrolled in the Experiência HC na Prática program, a paid program for students of other universities. This program drew criticism in the past from USP students who felt the limited internship places were being compromised.

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Duas estudantes de medicina publicaram vídeo nas redes sociais zombando de uma jovem internada no Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) pela paciente ter passado por quatro transplantes, três no coração e um no rim. A postagem foi feita dias antes da morte da paciente.

A família de Vitória Chaves da Silva, 26, registrou queixa na delegacia nesta terça-feira (8) e acionou o Ministério Público para denunciar as alunas Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, as autoras da publicação, pedindo retratação. O vídeo já foi apagado das redes.

Vitória recebeu o diagnóstico de cardiopatia congênita, uma má formação no coração surgida ainda no desenvolvimento do feto. Ela morreu por choque séptico e insuficiência renal crônica.

Gabrielli e Thaís não foram localizadas até a publicação desta reportagem.

As duas, sem citar Vitória nominalmente, diziam estar chocadas por saberem que uma paciente tinha recebido três corações mesmo diante das questões burocráticas, da fila para o procedimento e das dificuldades relacionadas à compatibilidade do órgão com o possível receptor.

Ambas fazem chacota do caso no vídeo, publicado em fevereiro, afirmando que um dos transplantes de coração não foi bem-sucedido porque os medicamentos não foram tomados corretamente, e disseram que a menina deve achar que tem sete vidas.

Disseram ainda que um dos transplantes teriam dado errado pois a paciente teria tomado os medicamentos de forma incorreta. Ao portal g1, a família contesta essa informação, afirmando que todos os procedimentos para o êxito do transplante foram realizados regularmente.

As estudantes tiveram conhecimento do caso pois estiveram no Hospital das Clínicas para a realização de um curso de extensão de curta duração. A instituição afirmou, em nota, que as alunas envolvidas são graduandas de outras instituições. Ressaltaram tomar medidas adicionais para reforçar a conduta ética junto aos estudantes, e disseram repudiar qualquer desrespeito a pacientes.

Já o Incor disse que está apurando a situação e tomando medidas cabíveis. Afirmou também repudiar comportamentos contrários à ética e confidencialidade do estado de saúde dos pacientes.

Também em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo informou que o caso foi protocolado na terça-feira (8) na Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital, e está sendo analisado pelo órgão.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também se manifestou, relatando a investigação do caso como crime de injúria pelo 14° Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Segundo a secretaria, a mãe da vítima foi ouvida.

O caso de Vitória já havia sido retratado pelo Profissão Repórter, da TV Globo, em 2016. Cinco anos depois, em nova entrevista ao mesmo programa, a própria paciente ressaltou estar debilitada e cuidando de problemas decorrentes da insuficiência cardíaca.

A jovem nasceu em Luziânia (196 km de Goiânia) e recebeu o diagnóstico de Anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita, após o nascimento. Mudou-se para São Paulo com quatro anos para realizar procedimentos médicos, e realizou o primeiro transplante em 2005.

O segundo transplante viria em 2016, após novos problemas no coração. Três anos depois, sofreu de rejeição aguda do órgão e foi internada no Distrito Federal. Recebeu liberação médica para fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Em 2023, Vitória passou por um transplante no rim e voltou para a fila de possíveis receptores para um novo coração. O terceiro órgão foi recebido no ano passado.

Segundo o Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, dos estudantes de medicina da USP, Gabrielli e Thaís faziam parte do Experiência HC na Prática, programa do hospital possibilitando que estudantes de outras faculdades realizem até três disciplinas oferecidas pela instituição.

Custa R$ 8.450,00 por especialidade, além de uma taxa de R$ 350,00 de inscrição no processo seletivo. A exigência é que os alunos estejam entre o quarto e o sexto ano da faculdade.

O programa foi alvo de greve dos estudantes da Faculdade de Medicina no ano passado, argumentando que ele atrasaria o período de internato dos uspianos diante da divisão de vagas, já limitadas, com os discentes externos.

Em nota, o centro acadêmico lamentou a espetacularização da vida de Vitória e afirmou que o Hospital das Clínicas deve verificar o compromisso ético dos alunos matriculados em favor da segurança e do sigilo dos pacientes.

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