Editora decide publicar mangá pirata para 'furar bolha' - 24/04/2025 - Ilustrada - Folha


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Key Players

Eric Bernardo da Silva, a Brazilian physics master, launched 'Ao Leitor, com Carinho,' publishing a pirated copy of the classic manga "Urusei Yatsura" by Rumiko Takahashi, without obtaining rights from the original publisher, Shogakukan. This decision was made despite contacting Shogakukan and failing to secure a license.

The Controversy

Silva's action is illegal under Brazilian copyright law (Lei nº 9.610 de 1998). Legal experts point out that unauthorized reproduction and sale of copyrighted material are punishable offenses.

Financial Aspects

Silva invested R$23,600 in printing 1,000 copies, selling around 100 at R$69.70 each. He intends to publish the full manga, despite lacking legal authorization. While some fans support the initiative, others criticize it as deceitful.

Ethical Considerations

While Silva claims his aim is to get noticed by Japanese publishers and to provide manga to schools, his actions are ethically questionable, as they exploit Rumiko Takahashi's work and could financially harm her and the original publisher. Edmo Luiz, a manga collector, points out how the lack of transparency about the unauthorized publication could harm fans who purchase the manga.

Conclusion

The situation highlights the complexities of copyright in the digital age and the ethical debates surrounding fan-made content and unauthorized distribution. The response from Shogakukan is pending.

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A recém-criada editora Ao Leitor, com Carinho começou a vender o mangá clássico "Urusei Yatsura", na semana passada, mesmo sem os direitos autorais de reprodução. A obra é da japonesa Rumiko Takahashi, conhecida como "a rainha do mangá", e a responsável pela publicação original é a editora Shogakukan.

Por trás da iniciativa está Eric Bernardo da Silva, 43, mestre em física nuclear pela Universidade de São Paulo. Ele disse que criou a editora Ao Leitor, com Carinho para publicar "mangás editados por fãs, com títulos produzidos numa época nostálgica para entreter e divertir".

Silva afirmou ter entrado em contato com a Shogakukan para obter o licenciamento, mas não teve sucesso. Mesmo sabendo que sua atitude pode ter consequências legais, decidiu comercializar a obra, que é primeira e única publicação da editora até agora.

Inicialmente ele não tinha um "título de peso" em mente, mas escolheu "Urusei Yatsura" por lembrar sua adolescência. "Eu falei, quer saber? Vou fazer algo que chame a atenção. O meu objetivo é que os japoneses me notem, conversem comigo, ouçam o meu projeto para trabalharmos juntos." Ele diz que quer apresentar um projeto de publicação de mangás para distribuição nas escolas.

Silva disse que levou sete meses para realizar o projeto. Comprou os originais do Japão por R$ 2.400, escaneou e fez o tratamento das imagens digitais. Contratou um tradutor de japonês e uma revisora de textos, a quem deu os créditos no livro com nomes fictícios, para não implicar os profissionais. "O responsável pelo projeto sou eu", afirma.

O editor investiu R$ 23.600 de recursos próprios para a impressão de mil cópias e, até o momento, vendeu cerca de cem livros por R$ 69,70 a unidade.

"Urusei Yatsura" foi publicado no Japão em 34 volumes, na revista Weekly Shonen Sunday, entre os anos de 1978 e 1987. A editora Ao Leitor, com Carinho promete a publicação integral da obra, dividida em 15 volumes, apesar de reconhecer que não tem autorização legal para a venda do livro.

O advogado Gustavo Martins de Almeida, doutor em direito autoral, afirma que a editora infringe a Lei nº 9.610 de 1998, que regula os direitos autorais. O artigo 29 exige a autorização do autor para a edição, reprodução e tradução de uma obra.

"Se não houver um contrato de edição escrito, prévio e expresso com a autora original, a editora está publicando de forma irregular, sujeita a pagar indenização e a ter a obra apreendida", disse Almeida.

Edmo Luiz, 34, diz que se recusa a comprar o quadrinho mesmo sendo fã de Rumiko Takahashi e colecionador de mangás há 16 anos.

"Em nenhum post eles falaram que não tinham licença. Isso é enganar o público. Muitos fãs vão comprar e, quando o processo vier, a editora não vai mais publicar, fazendo as pessoas ficarem sem a obra completa. Eu não gastaria dinheiro com isso."

O jornal entrou em contato com a editora Shogakukan, que não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

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