Guerra entre Israel e Irã põe Trump contra a parede - 20/06/2025 - Opinião - Folha


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Trump's Foreign Policy Dilemma

The article analyzes Donald Trump's handling of the Israel-Iran conflict. His initial response was one of non-intervention, which contrasted sharply with Israel's unilateral military action against Iran. However, as Israel's offensive proved successful, Trump's stance shifted towards a more assertive one.

Shifting Sands

Trump's actions are described as a series of inconsistent responses, reflecting his tendency to prioritize image over thoughtful strategy. His previous handling of the Gaza conflict and the Ukraine war is cited as evidence of this pattern.

A Risky Gamble

Trump's threats against Iran, including suggestions of eliminating Iranian leaders, are discussed as extremely provocative and potentially destabilizing, given Iran's international recognition.

The author highlights the uncertainty and potential dangers associated with this approach, particularly regarding the lack of a clear strategy for post-conflict management. The conclusion emphasizes the precarious situation, with Trump seemingly pressured by both allies and critics. Israel's independent actions are described as 'dirty work' while Trump's own position is portrayed as indecisive and fraught with danger.

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Donald Trump sempre colocou forma à frente de conteúdo na exposição de sua visão de mundo e de como lidar com suas complexidades. Sua volta à cadeira mais poderosa do planeta tem demonstrado essa máxima de forma crescentemente perigosa.

Primeiro foi a Faixa de Gaza, onde o cessar-fogo entre Israel e o Hamas fez parte dos discursos inaugurais do segundo mandato, só para desaparecer —não sem antes o dantesco calvário dos civis da região ser tratado como uma oportunidade imobiliária.

A mais importante Guerra da Ucrânia então se sobrepôs, e Trump começou com um lance vistoso, abrindo as portas a Vladimir Putin. O resultado até aqui foram tempo ganho para o russo ampliar sua vantagem militar em solo e uma negociação entre Moscou e Kiev que pouco andou.

A bússola então voltou ao incontornável Oriente Médio. Desta vez, ou bem o premiê Binyamin Netanyahu passou a perna no aliado ou este foi apenas manipulado. Ao atacar o Irã, Israel fez o que se dizia impossível: ir às vias de fato sem apoio militar americano. Meia verdade, claro, quando se vê a procedência do principal da máquina de guerra israelense, mas um fato político.

Trump procurou de início evitar envolvimento direto. Mudou de ideia, porém, com o sucesso militar de Tel Aviv, a dizimação do comando militar do Irã e o bombardeio sistemático de seu programa nuclear. Logo o americano estava falando no plural majestático acerca de uma guerra de terceiros, ainda que o impasse na negociação entre Teerã e Washington acerca do programa nuclear persa sempre o coloque na equação.

O mandatário achou por bem não só fazer uma demanda de rendição incondicional à teocracia como sugerir que os EUA poderiam matar seu líder, Ali Khamenei, a qualquer momento.

Goste-se ou não do regime aberrante de Teerã, ele é reconhecido internacionalmente e tem assento em inúmeras instâncias. O aiatolá não é um senhor da guerra escondido numa montanha para ser bombardeado ao bel-prazer de Trump, ainda que tenha atacado interesses americanos nos últimos 46 anos.

Ato contínuo, o republicano mandou reforçar as já robustas posições dos EUA na região, para na sequência dizer que nem ele sabia o que iria fazer. Mais um dia se passou, e, na quinta (19), enfim declarou que iria pensar por mais duas semanas.

Trump está pressionado em casa, onde seus aliados mais radicais estão inconformados com o risco de rasgar o manto do isolacionismo americano. Ele por ora parece querer forçar uma negociação, enquanto Israel faz, como definiu o premiê alemão, Friedrich Merz, "o serviço sujo".

Pode dar certo, mas a extensão da guerra a torna mais perigosa com táticas disruptivas do Irã. Para piorar, caso decidam derrubar a teocracia, é evidente que nem Trump nem Netanyahu não têm ideia do que fazer a seguir.

editoriais@grupofolha.com.br

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