Irã diz que não abrirá mão de seu programa nuclear - 20/06/2025 - Mundo - Folha


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Key Events

Israel launched multiple attacks on Iranian military targets, including a facility involved in weapons research, causing significant damage but no nuclear facilities were reportedly involved.

Iran retaliated and announced it won't negotiate its nuclear program while under attack.

Casualty figures are uncertain, with hundreds of deaths reported on both sides.

International Response

European leaders are urging a peaceful solution and seeking to bring Iran back to the negotiation table, possibly involving the US.

The US is considering joining the talks but may also side with Israel's attacks.

Despite the efforts, attacks continue, and a missile strike on Beersheba caused damage and injuries.

Positions

Iran maintains its nuclear program is peaceful. Israel aims to impede Iran's nuclear development and possibly regime change, as stated by Prime Minister Netanyahu.

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O Exército de Israel disse nesta sexta-feira (20) que realizou ataques a dezenas de alvos militares no Irã durante a madrugada, incluindo a Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva, que estaria envolvida no desenvolvimento de armas nucleares do país.

Segundo a mídia iraniana, uma planta industrial do local, que realiza pesquisa de produção de armas, foi destruída. Porém, ali não havia pesquisas nucleares, mas sim produção de fibra de carbono, usada na confecção de mísseis.

Já o Irã disse, também nesta sexta, que não discutirá o futuro de seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque israelense. A fala ocorre enquanto líderes da Europa buscam atrair Teerã de volta à mesa de negociações, com uma decisão sobre o possível envolvimento dos EUA –esperada para dentro de duas semanas.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que as negociações precisam avançar rumo ao enriquecimento zero de urânio (material pode combustível nuclear e produção de armas) e buscar limitações para a atividade de mísseis do Irã e o financiamento de grupos terroristas. O líder francês defende uma solução pacífica e com disposição do lado iraniano para aderir à proposta.

De acordo com a agência de notícias Reuters, ministros das Relações Exteriores de potências europeias dirão ao Irã nesta sexta que os EUA estão abertos a negociações diretas, mesmo considerando a possibilidade de o país americano se juntar aos ataques israelenses destinados a destruir a capacidade nuclear de Teerã.

Israel começou a atacar o Irã na sexta-feira passada, alegando que o objetivo era impedir que seu inimigo de longa data desenvolvesse armas nucleares. O Irã retaliou com ataques de mísseis e drones, e afirma que seu programa nuclear é pacífico.

Ataques aéreos israelenses mataram, segundo dados mais atualizados da Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos, 639 pessoas no Irã. Entre os mortos estão membros do alto escalão militar e cientistas nucleares. Pelo lado de Israel, ao menos 24 civis morreram em ataques com mísseis iranianos. Os números de mortes, contudo, são imprecisos de ambos os lados.

Israel tem como alvo instalações nucleares, capacidades de mísseis e áreas civis, enquanto tenta destruir o regime do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, de acordo com autoridades ocidentais e regionais.

"Estamos visando a queda do regime? Isso pode ser um resultado, mas cabe ao povo iraniano se levantar por sua liberdade", disse o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu na quinta-feira (19).

Israel acusou o Irã de alvejar civis deliberadamente com o uso de munições de fragmentação, que dispersam pequenas bombas por uma ampla área. A representação do Irã nas Nações Unidas não respondeu à reportagem, mas o país alega que está atacando instalações militares e de defesa em Israel –embora também tenha atingido um hospital e outras instalações civis. O Irã disse nesta sexta que cinco hospitais de seu território já foram danificados em ataques israelenses.

Esforços europeus

Como nenhum dos países recuou, os ministros das Relações Exteriores de Reino Unido, França e Alemanha, juntamente com a chefe de política externa da União Europeia, se encontraram com o chanceler do Irã, Abbas Araghchi, em Genebra para tentar acalmar o conflito. A reunião está marcada para esta sexta-feira.

"Agora é a hora de pôr fim aos graves cenários no Oriente Médio e evitar uma escalada regional que não beneficiaria ninguém", disse o chanceler britânico, David Lammy. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também se encontrou com Lammy na quinta-feira e manteve ligações separadas com seus colegas de Austrália, França e Itália.

Ataques continuam

Na madrugada de sexta-feira, o exército israelense emitiu um novo alerta sobre uma barragem de mísseis vindos do Irã. Pelo menos um deles atingiu diretamente Berseba, a maior cidade do sul de Israel, que tem sido alvo de ataques nos últimos dias.

O míssil atingiu uma área de apartamentos residenciais, prédios de escritórios e instalações industriais, deixando uma grande cratera e arrancando a fachada de pelo menos um complexo de apartamentos, além de danificar vários outros.

A emissora pública israelense Kan exibiu imagens mostrando carros envoltos em chamas, grossas nuvens de fumaça e janelas quebradas em prédios de apartamentos. Pelo menos seis pessoas sofreram ferimentos leves na explosão, e os socorristas ainda estavam vasculhando os apartamentos em busca de vítimas.

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