The article centers around Mauro Cid, a former aide to Brazilian ex-president Jair Bolsonaro, and his use of an Instagram account (@gabrielar702). The account was used to discuss sensitive details of Cid's plea bargain agreement with authorities and to criticize investigators and Supreme Court Justice Alexandre de Moraes.
The Instagram account (@gabrielar702) was discovered by lawyers defending Bolsonaro, who used its existence to suggest Cid had lied during his testimony to the Supreme Court. The account initially appeared to belong to Cid's wife, Gabriela, but was later revealed to be used by Cid himself to share sensitive information about his plea bargain.
Cid had entered into a plea bargain agreement with the Federal Police, committing to truthfulness and confidentiality. The discovery of the Instagram account and its contents are now a significant breach of his agreement, potentially jeopardizing the entire deal. The article details the specifics of Cid's plea agreement, including the clauses he violated by using the social media account for undisclosed communications.
The investigation into Jair Bolsonaro includes allegations of a coup attempt. Cid's testimony was questioned due to inconsistencies. The revealed use of the Instagram account exposes additional inconsistencies and potentially incriminating information, undermining his previous statements to the investigators.
The article implies that the use of the Instagram account could result in significant repercussions for Mauro Cid, possibly invalidating his plea bargain agreement and leading to more severe legal consequences. The investigation continues and the implications of this discovery could significantly impact other related cases.
A mensagem “usuário não encontrado” estampava o Instagram na terça-feira, 10, e indicava que o perfil “@gabrielar702” não fazia mais parte da rede social. Um dia antes, o advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro na investigação da trama golpista, desconcertou o tenente-coronel Mauro Cid ao mencionar a existência da conta e questionar o ex-ajudante de ordens se ele a reconhecia ou mesmo se havia discutido seu acordo de delação premiada com terceiros.
A banca de defensores do ex-presidente sabia a resposta de antemão, mas queria deixar consignado que Mauro Cid havia mentido diante do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse momento, o delator titubeou: “Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa. Gabriela é o nome da minha esposa”.
Àquela altura, o perfil “@gabrielar702” ainda estava ativo e, como mostra reportagem de VEJA que chegou nas plataformas digitais na quinta-feira, 12, foi por meio dele que Cid comentou assuntos sigilosos de seu acordo de colaboração e atacou investigadores e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O tenente-coronel se reuniu pela primeira vez com a Polícia Federal para negociar fechar um acordo de delação em 25 de agosto de 2023. Na época, estava preso havia quase cinco meses sob a acusação de falsificar cartões de vacina de Bolsonaro e, com o avanço de investigações muito mais tormentosas, se considerava sem saída.
Três dias depois do primeiro encontro, voltou à PF. Avançadas as tratativas, ele assinou um termo de confidencialidade da delação. Registrado na corporação sob o número 2405578/2021, o documento listava uma série de regras que o militar deveria cumprir para barganhar futuros benefícios judiciais: não poderia mentir, omitir, desviar a investigação com versões conflitantes nem proteger qualquer dos potenciais alvos da polícia.
Na 11ª cláusula, por exemplo, Cid se comprometeu a “falar a verdade incondicionalmente em todas as investigações”; nas de número 18 e 19 anuiu em proteger o sigilo das revelações que faria e na 21ª concordou que o acordo cairia por terra “se o colaborador descumprir, sem justificativa, qualquer das cláusulas, parágrafos, alíneas ou itens em relação aos quais se obrigou” ou se “mentir ou omitir, total ou parcialmente, em relação a fatos ilícitos que praticou, participou ou tem conhecimento”. A revelação do uso do perfil “@gabrielar702” vai colocar o acordo de delação à prova.
No primeiro dia de interrogatórios, entre advogados de defesa chamou a atenção o que consideraram um “treinamento intenso” de Cid, que levara anotações, mensagens recolhidas pela Polícia Federal ao longo da investigação e amenizou em grande medida a relevância dada por investigadores conversas de WhatsApp e a reuniões que, na avaliação da Procuradoria-geral da República, compõem o enrede de organização de um golpe de Estado no país.
Entre outras afirmações, Cid classificou boa parte dos apelos anti-democráticos como “bravatas”, disse que uma das reuniões golpistas com militares de elite das Forças Especiais do Exército poderia ser comparada a uma “conversa de bar” e afirmou que ele próprio servia de “anteparo” ao então presidente. Não contava, porém, com a exposição do perfil “@gabrielar702” em pleno depoimento.
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