Quais os efeitos da cúrcuma na saúde? Ela beneficia o cérebro? Estudo analisa - Estadão


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Key Findings on Turmeric's Health Effects

A recent study reviewed in the Estadão article explores the health benefits of turmeric, focusing on its anti-inflammatory and antioxidant properties, attributed to curcumin, its main bioactive compound. The research highlights curcumin's potential neuroprotective effects and its role in improving gut health through the modulation of short-chain fatty acid production.

Mechanism of Action

Curcumin, a polyphenol, neutralizes free radicals, reducing cellular damage and mitigating oxidative stress. It also combats inflammation, potentially benefiting conditions like Alzheimer's disease and obesity-related inflammation. The study emphasizes the gut-brain axis, highlighting curcumin's influence on neurotransmitters like serotonin and overall well-being.

Limitations and Considerations

The article notes curcumin's low bioavailability, meaning its absorption and utilization by the body are limited. Therefore, the optimal amount for achieving all the potential benefits through diet alone isn't yet established. While supplementation might improve curcumin intake, it's advised to consult a doctor or nutritionist before doing so. A healthy lifestyle with balanced diet, exercise, stress management, and adequate rest is crucial to maximize any potential benefits.

Practical Applications and Suggestions

The article suggests several ways to enhance curcumin absorption:

  • Using turmeric with oils and heat during cooking.
  • Combining it with black pepper, which contains piperine, which boosts bioavailability.
  • Trying golden milk (turmeric, milk, and black pepper).

Overall, the article advocates for a balanced and informed approach to incorporating turmeric into a healthy lifestyle, avoiding the misconception of miraculous effects from solely consuming it.

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Sucesso na culinária asiática há séculos, a especiaria que enche de cor e sabor tantas receitas escapou das cozinhas e agora faz bonito em laboratórios de pesquisa mundo afora. Um dos mais recentes trabalhos, publicado em abril no periódico Nutrients, destrincha as ações anti-inflamatória e antioxidantes da cúrcuma, bem como a atuação neuroprotetora vindas dessa raiz, também é conhecida como açafrão-da-terra.

Cúrcuma tem efeitos positivos na saúde Foto: monticellllo/Adobe Stock

Conduzida por pesquisadores da Itália, a pesquisa desvenda mecanismos moleculares complexos e as diferentes vias envolvidas na atuação da substância em nosso organismo. “Trata-se de uma revisão completa e atualizada, que comprova efeitos já conhecidos e traz novas perspectivas sobre a curcumina, o principal composto bioativo da cúrcuma”, observa a nutricionista Gabriela Mieko Yoshimura, do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte, do Hospital Israelita Albert Einstein.

A curcumina é um tipo de pigmento e faz parte do grupo dos polifenóis, que conta com mais de 8 mil integrantes. Esses compostos são classificados como metabólitos secundários, ou seja, são sintetizados pelos vegetais, para protegê-los em situações adversas na natureza. Defendem contra os raios ultravioleta e as intempéries, seja em tempos de seca ou de muita chuva, por exemplo.

Já no nosso organismo, um dos papéis mais legitimados é a ação antioxidante. Significa que são capazes de neutralizar os radicais livres, átomos desemparelhados que precisam de elétrons para se estabilizar. O excesso de radicais está por trás de danos celulares. E os polifenóis interrompem essa sequência, atenuando o estresse oxidativo e preservando as células.

Outra atuação da família dos polifenóis é o combate às inflamações. No artigo italiano, enfatizou-se o poder da curcumina na redução de processos inflamatórios, com impactos positivos no intestino. “A revisão mostra ainda efeitos na produção dos ácidos graxos de cadeia curta, o que contribui para a integridade da barreira intestinal”, diz a nutricionista. Assim se evita que agentes nocivos alcancem a circulação e desencadeiem inflamações, entre outros problemas.

Existem evidências de que esse mecanismo ajude a diminuir o risco de males neurodegenerativos, caso do Alzheimer, e proteja contra inflamações decorrentes da obesidade.

O artigo destaca ainda o chamado eixo intestino-cérebro. Trata-se de uma via de comunicação que envolve neurotransmissores, como a serotonina, e a transmissão de sinais que contribuem para sensações de bem-estar.

Não faz milagre

Outra menção do estudo é a baixa biodisponibilidade – capacidade de a substância ser assimilada e aproveitada no corpo humano – da curcumina vinda do tempero. Por essa razão, ainda não dá para estabelecer uma quantidade que garanta todos os benefícios por meio da alimentação.

“São necessários mais estudos para determinar. Porém, as evidências mostram que a substância tem grande potencial”, avalia a nutricionista do Einstein. Segundo Yoshimura, via suplementação já dá para assegurar a eficácia da curcumina — mas isso quando houver indicação de médico ou nutricionista.

Vale ressaltar que de nada adianta incluir o ingrediente em um contexto pouco saudável. “Ele só vai agregar em um estilo de vida que contenha cardápio equilibrado, atividade física, gerenciamento do estresse e descanso adequado”, pontua a especialista.

O recado é especialmente para quem engole os shots em busca de milagres. Essas bebidas geralmente levam ingredientes como cúrcuma, limão e gengibre, e são propagadas sob a promessa de aumentarem a imunidade ou ajudarem a emagrecer. “Consumir o que não gosta atrás de efeitos mágicos é atitude que vai contra a boa relação com a comida, afinal, a alimentação engloba o prazer”, defende Gabriela.

Como tirar proveito

O pozinho amarelo da cúrcuma vem da raiz da espécie asiática Curcuma longa, que também é consumida fresca e ralada. Além de colorir o arroz, é muito usado para temperar sopas, caldos, ensopados, molhos, patês, aves, carnes e frutos do mar.

Cúrcuma pode ser usada no preparo do arroz Foto: Picture Partners/Adobe Stock

Pode fazer parte de refogados, junto de cebola, alho e óleo, servindo de base para os mais variados pratos. Inclusive, o meio oleoso — seja de azeite, outros óleos vegetais ou da manteiga —, somado ao calor, aumenta o aproveitamento da curcumina e contribui para a liberação dos compostos aromáticos.

“Misturar com a pimenta-preta, fonte de uma substância chamada piperina, também ajuda na biodisponibilidade”, comenta a especialista. Daí porque o curry traz essa vantagem, afinal, o condimento contém tanto a cúrcuma quanto a pimenta-preta, e outras especiarias. Gengibre, canela, cravo e coentro costumam fazer parte desse clássico da culinária indiana.

A nutricionista sugere ainda outra preparação que maximiza a absorção da curcumina: o golden milk, ou leite dourado, em português. “Essa bebida, que está mais popular por aqui, mas é tradicional na Ásia, traz a cúrcuma em pó, o leite, que pode ser até o vegetal, e a pimenta-do-reino”, comenta. Fica ao gosto do freguês como incluir a cúrcuma no cotidiano.

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