Sua igreja está preparada para receber autistas? - 22/04/2025 - Evangélicos - Folha


AI Summary Hide AI Generated Summary

Challenges Faced by Autistic Individuals in Churches

Churches, with their sensory-stimulating environments, often present difficulties for autistic individuals. Loud noises, bright lights, and crowds can trigger sensory overload and meltdowns. The article highlights the need for churches to be more accommodating and understanding.

Advocating for Inclusivity

Pastor Glauco Ferreira, author of "Autismo na Igreja," shares his experiences with his autistic son and the lack of support they initially received. He emphasizes the importance of churches providing information, raising awareness, offering support, and creating inclusive environments.

He promotes "Culto Azul" (Blue Service), an initiative focused on supporting autistic individuals and their families through various actions such as providing sensory aids, creating calm spaces, and fostering a supportive community.

The Church's Role in Inclusion

The article also highlights the experiences of Sheila Santos, who, after her son's autism diagnosis, noticed the significant gap in inclusion within churches. She advocates for open discussions, training for church staff, and the creation of support groups for families.

Both Glauco and Sheila stress that churches must actively engage in creating inclusive spaces and actively supporting families with autistic members.

The Scope of Autism in Brazil

The article concludes by referencing a study which estimates that around 6 million people in Brazil have been diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD), emphasizing the urgency for widespread changes within religious communities and society.

Sign in to unlock more AI features Sign in with Google
We located an Open Access version of this article, legally shared by the author or publisher. Open It

Igrejas, em geral, são ambientes extremamente estimulantes para pessoas com autismo.

Para quem tem sensibilidade auditiva ou visual, o som alto, as luzes ou a circulação de muitas pessoas podem até desencadear uma crise.

Andar, correr ou pular pelo salão, agitar as mãos ou até mesmo emitir sons são alguns meios para se autorregular e evitar essa crise. Mas as igrejas estão preparadas para isso?

Segundo o pastor Glauco Ferreira, 39, da Igreja Metodista no Rio de Janeiro, infelizmente não.

Pai de Miguel Asafe, 15, ele relata no livro "Autismo na Igreja", as dificuldades para conseguir congregar e expressar a sua fé após o diagnóstico do filho.

"Experimentar a acidez de ver um filho recém-diagnosticado com autismo ser vítima de um grave ato preconceituoso somente por sua condição autista e o seu jeito diferente de perceber o mundo foi a pior sensação que nós já vivemos", conta.

Asafe foi diagnosticado em 2012, quando pouco se falava sobre o assunto e a literatura ainda era bem enxuta. "Percebemos que era necessário ser a voz dele, alguém que gritasse para garantir os seus direitos, que se levantasse como uma voz profética para proclamar a aceitação, a tolerância e a inclusão", lembra.

Glauco, que hoje também coordena a Pastoral Nacional de Inclusão da Igreja Metodista do Brasil, promove o "Culto Azul". Apoiado nos pilares: informação, conscientização, acolhimento e inclusão, ele viaja o Brasil oferecendo suporte e apoio, que ele e a esposa, Angelica, não tiveram no passado.

Mais do que disponibilizar abafadores sonoros ou oferecer um espaço para regulação, com poucos estímulos sensoriais, o pastor defende que a igreja deva fazer muito mais pelas famílias.

Amparar quando recebem o diagnóstico, promover visitas e encontros fora do templo, criar uma rede de apoio, além de promover a aproximação de pessoas com experiências semelhantes são algumas ações.

"Quando a igreja decide abordar essa temática, ela não só promove a educação sobre o autismo, como também se coloca como uma resposta aos dilemas sociais do tempo presente - e o autismo está incluído nisso", afirma.

Há três anos, quando seu filho Benjamin foi diagnosticado com autismo, a advogada tributarista Sheila Santos e o marido, Carlos Bezerra, abriram mão da liderança de um ministério para se dedicarem mais de perto ao tratamento do menino.

Assim como Glauco, Sheila também percebe que as igrejas deixam a desejar quando o assunto é inclusão.

"Muitas vezes nem as professoras da escolinha sabem lidar com as crianças. Se choram mais alto, gritam, ou se têm algum comportamento não funcional, muitas pessoas entendem como má educação", pontua.

Ela defende que o assunto deva ser tratado abertamente, inclusive as lacunas da igreja.

Para isso, a igreja onde atua como pastora auxiliar, Voz do que Clama, no bairro Casa Verde, em São Paulo, promove rodas de mães atípicas, onde oferecem escuta, além de troca de experiências e suporte.

"A igreja precisa entender o seu papel, se adaptar para receber essas famílias, e discipular a igreja também a aceitá-las", afirma Sheila.

No Brasil, estima-se que haja cerca de 6 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), segundo o estudo "Retratos do Autismo no Brasil em 2023", realizado pelas startups Genial Care e Tismoo.me.

evangelicos@grupofolha.com.br

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

🧠 Pro Tip

Skip the extension — just come straight here.

We’ve built a fast, permanent tool you can bookmark and use anytime.

Go To Paywall Unblock Tool
Sign up for a free account and get the following:
  • Save articles and sync them across your devices
  • Get a digest of the latest premium articles in your inbox twice a week, personalized to you (Coming soon).
  • Get access to our AI features

  • Save articles to reading lists
    and access them on any device
    If you found this app useful,
    Please consider supporting us.
    Thank you!

    Save articles to reading lists
    and access them on any device
    If you found this app useful,
    Please consider supporting us.
    Thank you!