The Polícia Federal (PF) indicted Flamengo's Bruno Henrique for suspected match manipulation, specifically 'spot-fixing' related to a yellow card he received. Three betting companies reported suspicious betting patterns, including a high volume of bets on Bruno Henrique receiving a card, primarily from newly created accounts in Belo Horizonte, his hometown. Two sports integrity firms also found evidence suggesting fraud.
One betting company reported that 98% of bets on cards were placed on Bruno Henrique, leading them to suspend that market before the game. The PF obtained WhatsApp conversations between Bruno Henrique and his brother, Wander Nunes Pinto Junior, suggesting collusion to receive a yellow card for profit.
Bruno Henrique's brother, sister-in-law, and cousin were also indicted for placing bets related to the yellow card. Their conversations revealed concerns over delayed payments from the betting companies, further supporting the suspicions of fraud.
Bruno Henrique's representatives declined to comment. Flamengo stated they were not officially informed but support due process and the presumption of innocence. The Polícia Federal also declined further comment.
Comunicações similares de três operadoras de apostas concorrentes reforçaram as suspeitas de manipulação de mercado de cartões, ou "spot-fixing", segundo o inquérito da Polícia Federal que resultou no indiciamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, na última segunda-feira (14).
O órgão também afirmou que duas empresas de integridade esportiva concluíram pela mesma análise de suspeita de fraude na partida em que o jogador atuou. Um destes relatórios contou que causou preocupação, do ponto de vista da integridade, o volume de apostas para que Bruno Henrique recebesse um cartão.
Questionada, a assessoria de Bruno Henrique informou que não vai se manifestar. A Folha não conseguiu contato com os familiares dele, também indiciados.
Outra teria relatado a ocorrência de nove apostas do valor máximo nesse quesito em aproximadamente três horas, sendo a maioria destas oriunda de contas recém-criadas.
A localização dos apostadores também chamou a atenção da operadora pela grande concentração de apostas sediadas em Belo Horizonte, cidade de Bruno Henrique.
De acordo com uma das operadoras, 98% das apostas do mercado de cartões foram direcionadas ao atleta, o que a fez, pela suspeita de manipulação, suspender a oferta desse mercado um dia antes do jogo.
Uma delas teria oferecido a probabilidade de 32% de sucesso de Bruno receber um cartão na partida, considerando o recebimento, até aquele momento, de sete cartões amarelos pelo atleta nas 38 partidas anteriores disputadas.
"Aspectos lógicos não poderiam explicar o anormal interesse dos apostadores no recebimento de cartão por Bruno Henrique", afirma o documento.
O relatório apontou para a hipótese de conhecimento prévio dos apostadores no recebimento de cartões pelo atleta, "o que também pressupõe, nessa ótica, a participação do mesmo e sua vinculação direta ou indireta com os apostadores".
Ainda segundo a polícia, uma das empresas suspendeu o pagamento dos prêmios em virtude da suspeita de fraude, no pós-jogo e dias subsequentes, chegando em alguns casos até a meses depois, com diversas conversas sobre o tema.
A PF obteve conversas entre o jogador e o seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, que apontaram para uma suposta combinação para o recebimento de cartão amarelo, na partida contra o Santos, no início de novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro, para obter lucro em apostas.
"Importante ressaltar que, no caso de a hipótese ser verdadeira, o conhecimento prévio dos apostadores no recebimento de um cartão por Bruno Henrique na partida Flamengo e Santos pressupõe, como lógica, tanto a participação ativa do jogador no processo, quanto uma vinculação entre as partes, ou seja, entre atleta e apostadores", afirmou a PF.
Outras mensagens de Wander com familiares e amigos relata a sua preocupação com a suspensão de repasses de prêmios relacionados a esta aposta.
Numa delas, ele pergunta a um amigo se uma das empresas já pagou, e tem resposta negativa: "Nada viado". Na sequência, os interlocutores questionam o fato de a empresa não ter pago o prêmio das apostas relacionadas ao cartão de Bruno Henrique.
Em um dos trechos da conversa Wander questiona: "Investigação de que?" e mais a frente afirma: "Vai da nada não".
Para a PF, as conversas de WhatsApp mantidas entre o atleta e o irmão "apontam que aquele teria, de forma expressa, fornecido informações privilegiadas ao irmão a respeito do recebimento de cartão na partida sob investigação".
Em novembro de 2024, o atleta foi um dos alvos de uma operação da PF e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), da Promotoria do Distrito Federal, relacionada a apostas em um cartão do jogador que teriam sido feitas por familiares do atleta.
Além do jogador do Flamengo, o irmão Wander e outras oito pessoas foram indiciadas. No grupo está a mulher do irmão, Ludymilla Araujo Lima, e uma prima do atleta, chamada Poliana Ester Nunes Cardoso. Os três teriam feito apostas relacionadas ao cartão, em jogo contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
A Polícia Federal disse que não irá se manifestar sobre o caso.
Em nota, o Flamengo afirmou que não foi comunicado oficialmente. "O clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito", diz o texto.
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